sábado, 2 de outubro de 2010

ESTAGIÁRIO ou ESCRAVIÁRIO?

Olá caros amigos venho hoje tratar com vocês sobre um assunto que me incomoda muito, que são os “Estagiários”.  Quando tratamos de estagiário, estamos falando de estudantes que buscam vivenciar tudo aquilo que lhe é ensinado na faculdade, e a partir desse momento começa a haver uma relação de troca entre Organização e Estagiário, onde a organização oferece o ensino pratico e experiência profissional em contra partida o estagiário oferece a mão-de-obra, geralmente as empresas também remuneram seus estagiários com uma bolsa - auxilio.
Mas o que há de errado nisso? Analisando bem, é uma relação de troca muito justa, porem não é isso que acontece no dia-a-dia das empresas, onde muitas utilizam desse artifício para diminuir seus custos. As empresas selecionam alguns candidatos, onde exigem experiência profissional na área, opa! Então há algo de errado nisso! Se estagiar é para aprendizado e desenvolvimento profissional, não há necessidade de contratar um estagiário com experiência e conhecimento de mercado, então as empresas estão em busca de um funcionário e não estagiário (lembrando que estagiário não tem vinculo empregatício). Agora sim esta fazendo sentido, as organizações contratam pessoas qualificadas como estagiário, assim elas têm mão-de-obra qualificada e barata, qual empresa não sonha com isso?
Muitas organizações fazem ainda mais, contratam estagiários e colocam para atuar em setores da empresa que não tem nada haver com a área que estão se formando e delegam a eles uma jornada de trabalho de um funcionário, isso é um absurdo, as empresas estão de uma forma escancarada escravizando pessoas, pois a relação de troca que foi citada no inicio, já não é justa, pois a organização esta “tirando” todo o conhecimento da pessoa em função de gerar cada vez mais lucro para ela, porem em contra partida as empresas pagam uma BOLSA- AUXILIO que na realidade é uma “mixaria”, assim desfavorecendo o estagiário e o mercado de trabalho, pois as organizações enchem as empresas de estagiários, mantendo sempre o numero mínimo de funcionários, assim diminuindo a chance de pessoas formadas conquistarem um novo emprego.
Gostaria deixar claro que não estou contra o cargo de estagiário, mas a sim a maneira pela qual as grandes maiorias das empresas exploram esse cargo. É importante lembrar que estamos em país capitalista, onde as organizações querem cada vez mais dinheiro e para conquistar isso esquecem totalmente das pessoas. Então para entrar e se manter em um mercado de trabalho competitivo e capitalista em primeiro lugar você deve se fazer uma pergunta: Quanto vale o meu trabalho? Pois enquanto nos submetermos a ser escravos das organizações capitalistas isso nunca vai mudar.

Gustavo Pires

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